quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Ponto


contava as horas por pétalas do buquê que preparei
pelas lágrimas da vela quente de solidão
por cada movimento da dobra do forro pálido
que dançava na brisa morna de primavera
pelo relógio que jogava para cada vez mais longe
o encontro que não aconteceu.

e o escuro sufocante se tornava úmido
não se sabe se por chuva ou pranto.

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