sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ode À Lua



Ah, Lua, iluminada de Sol
Agasalha-me com teus raios sólidos
Protege-me da brisa cruel dos morros
Liberta-me do vazio da noite
E que teu brilho pálido e sincero
Ainda que não verdadeiramente teu
Aqueça meu coração oco de amor
E às minhas pupilas serenas,
Que possa fazê-las descansar,
Vele meu sono frio de lápide
E o estupor do meu corpo inquieto por gozo.

Que eu nada tenha a temer
Dos fantasmas do passado
Que hoje ainda me procuram
Aos prantos e lamúrias
E que são a causa primeira
Das minhas angústias sem rumo e sem dono.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Ponto


contava as horas por pétalas do buquê que preparei
pelas lágrimas da vela quente de solidão
por cada movimento da dobra do forro pálido
que dançava na brisa morna de primavera
pelo relógio que jogava para cada vez mais longe
o encontro que não aconteceu.

e o escuro sufocante se tornava úmido
não se sabe se por chuva ou pranto.