quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Fita

O parapeito desbotado

A velha casa,

Ainda mais velha a senhora.

E apanhava

Lírios

Rosas

Sonhos.

O cheiro de café

Sóbrias as margaridas

Triste o desatino

Verde contemplação.

Ó seda macia,

Que cobre à noiva o véu

Ao escriba papel

À rosa buquê.

O Globo



Ponha teus óculos,
Levanta-te daí, sorrateiro,
Segue-me com tua lente,
Queima-me com ela
Teu nome já escrito,
A Pedra que já é pó,
O lago que rui amigo,
Império soberbo, assim enxergas,
Imenso mar de rosas,
Carnosas pétalas,
Teu mundinho banal.

Marcha sob Corpos


E naquele vago instante

O banco vazio

Mais triste semblante

Contempla-te comigo

Praça de demônios

Olha para trás

Não tentes ser meu amigo.

De nada mais valerei

Com tua lágrima sobre mim

Não te preocupes,

Já me calei.


Pensativismo

Cobre-me então de palavras,

Vazias.

Que tão somente teu ego fermentam

E fomentam.

Adornos na porcelana,

Barata.

Pisastes em meus verbos,

Cale-se.

Vale nada o filósofo

Sem teu chapéu encardido.

E o véu,

Que te mascara.

Queima tua barba,

Encara-me de verdade.

Compara-te ao grande,

A mim.