Apenas o eco de tua voz
Abalava minha mente.
O brilho dos teus olhos
Ofuscava meu pensar.
Seu sorriso,
Fechado.
Sinestesia.
Ali, pendente para correr,
O mais simples eu
Observava.
Estéril, lábil.
Ignóbeis os seres, ferrenhos,
Invictos.
Friamente me filmavam.
Com suas lentes de carne pura,
Olhares petulantes, irônicos.
O que, ao ver de tantos,
Era frugal,
Assemelhava-se,
À mais intrincada jornada,
Talvez...
Pela minha efemeridade
Por dons,
Que não possuía.
Enquanto homem,
Ali definhava
Mesmo diante da vivacidade
Da mais bela flor,
Que me acompanhava,
E que tocava meus lábios,
E aferrecia...
Giuseppe
Hoje o dia é das andorinhas
E tua face aparecia, certeira,
Projetada nas asas.
De mariposas, tímidas,
Sensatas.
Então, som, ação, foco.
Lágrimas fugiam,
À cauda de atrevida raposa.
Sabor de coentro.
E aquela canção.
Não mais cantam na chuva.
Não mais gritam pela África,
Tampouco saúdam metrópoles.
Apenas são.
Setembro.
Um brinde à humanidade,
Progresso.
Aos sorrisos idosos, câmeras.
Às mãos criminosas, lâminas.
Por que não darmos vingança?
Sentai seus traseiros gordos
Perecei sob o luar.
Luzes armadas ocupam meu céu.
A noite é dos morcegos.
E seu olhar,
Castanho bélico,
Que me encara assim tão simplesmente,
Me cativa tão somente,
E sem pedir,
Invade meu Eu
E me torna assim tão bobo,
Tão sincero,
Chama ardente.
Tuas madeixas,
Nos ombros com tom de areia,
Areia que flui pelas mãos,
Tal fluidez
De meus sentimentos por ti.
E sua face,
Desconhecida,
Enigmática,
Me leva a falsas lembranças.
E ao delírio.